Ontem tivemos uma reunião "geral" na Metrópole. Coloco entre aspas por que houveram alguns desfalques importantes por conta de problemas pessoais de uns, trabalho de outros e a viagem do Morotó para PE, que aproveitou as férias e foi matar saudade da família.
Enfim, éramos só 7, mas como tudo tem o seu lado bom, pelo menos nos focamos em discutir com o Junior e com a Mayara alguns detalhes importantes sobre a arte e figurino.
O Junior sugeriu que colocássemos, em determinados pontos da casa, objetos que apontassem a chegada próxima de um bebê no universo daquela família. A Mari pareceu concordar com ele e eu confesso que, inicialmente, fiquei com um pé atrás. Primeiro pelo fato de que a família do enredo ainda não saberia o sexo do bebê, já que a ultra-som para esse fim ainda não teria sido feita; aí falaram da possibilidade desses objetos e roupas serem mais "genéricos", do tipo que serviriam tanto para um menino quanto para uma menina - que é o que, supostamente, os pais e mães mais ansiosos fazem quando querem começar as compras antes de descobrirem o sexo da criança.
Ainda assim, eu continuava achando um pouco forçado o lance de colocar algumas coisas referentes ao bebê pelo apartamento, e demorei a perceber que isso se dava por um simples motivo: só eu visualizava o filme em planos - eles ainda não tinham visto a decupagem - e, como a maioria dos planos do filme são fechados na personagem, pra mim, não estava fazendo sentido colocar roupas, objetos ou seja lá o que for compondo esses quadros. Afinal, foi como ironizei injustamente na reunião: onde é que o sapatinho entraria, pendurado em um dos ombros da personagem?
Naturalmente, o pessoal da arte tem uma visão mais ampla e menos recortada de uma locação; eles imaginam tudo que entrará num apartamento até que o diretor os mostre a decupagem e os faça visualizar a coisa da mesma forma que ele, em planos; e minha falha, mesmo parecendo tão óbvio agora, foi não detectar isso a tempo de evitar um certo incômodo do Junior, que, não estando totalmente errado, se irritou um pouco com as intervenções do Marcelo. Mas tudo numa boa, sempre.
Depois que mostrei alguns planos e expliquei ao Junior essa minha opção por planos mais fechados, ele pareceu entender e concordar.
Se na decupagem tivesse mais planos abertos do ap, até que poderíamos salpicar, de forma sutil, esses adereços infantis pela locação. De qualquer forma, enxergando que o Junior tem certa razão no que diz, o que ficou resolvido é que, nos planos menos fechados, mesmo estando fora de foco, colocaremos alguns objetos muito delicadamente.
A Mayara já tinha me enviado por email a decupagem de figurino e me falado um pouco sobre ela por MSN, mas pessoalmente o entendimento é sempre mais fácil. Gostei das opções que ela deu, tirando o esmalte na unha, e consegui visualizar uma mulher clássica, antenada e discreta. Bingo!
Depois posso colocar aqui algumas fotos de referência que ela pegou pela net.
A reunião prosseguiu com a Mari dando a boa notícia de que estamos um pouco à frente do cronograma, mas deixou clara a sua preocupação com o departamento de arte, que, segundo ela - e ela é a pessoa mais indicada pra detectar essas coisas - é a equipe mais "atrasada" (mesmo ainda estando adiantada? agora fiquei na dúvida). Enfim, o fato é que o pessoal da arte e da produção são os que mais têm trabalho a fazer nessa pré-produção, aí é bom ficarmos com a atenção dobrada no que diz respeito a esses setores mesmo.
É isso; se tudo der certo, Morotó chega amanhã e conversaremos sobre o plano de filmagem e análise técnica. Ainda temos que fazer uma leitura com uma atriz amiga da Mari e estou tentando fechar com uma ex-professora minha pra que ela faça a preparação do elenco. Essa é, sem dúvida, minha maior deficiência e, se ela topar, devo aprender bastante acompanhando o processo. Tomara que role. Manterei todos informados.
Mikael Santiago
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Você esqueceu de postar que a pessoa mais inteligente dessa equipe sou eu, pq tenho o total entendimento de que um personagem que é médico tem que ter cara de assepsia e higiene, tipo o Luciano Huck...ahahahhaaaaaaaaa
ResponderExcluirQue mané Luciano Huck, Mari, a boa mesmo seria o Antônio Fagundes! =)
ResponderExcluirHUAHUAHUA
ResponderExcluirmuito bom!
e o mikael tem um humor admirável.
mas pensando num acordo entre vcs imaginei enquanto lia não objetos "salpicados" mas um quarto quase pronto de bebe mostrado numa passagem da protagonista pelo corredor.
hehe pensando num acordo como disse.
pára se puxar o saco valeska... e não troca de assunto... fagundes fala com a boca mole e grita... pelo amor de Deussssssssssssss
ResponderExcluirMari, a Valeska não tá puxando saco, ela sabe que eu teria razão, se não fosse uma piada!
ResponderExcluirValeska, já pensei bastante sobre esse lance de ter um quarto do bebê e cheguei a conclusão de que, se não tiver uma ação específica da pesonagem nele, o quarto só serviria alegóricamente mesmo, só uma "confirmação", além de dar um trabalho grande pra equipe de arte. Mas entendi que vc pensou nisso na intenção de um acordo entre eu e a arte. =)
uhauahuahau discordo, humor admirável é o da mari, mesmo não sendo ela a pessoa mais inteligente dessa equipe =p
ResponderExcluirBrincadeirinha mari hehe!!
hahauhaua
ResponderExcluirsó hj voltei aqui. que droga.
perdi o fio da meada. (?)