terça-feira, 29 de setembro de 2009

still [1]

Por essas fotos, é impossível dar crédito pra alguém, já que a câmera de still rodou na mão de quase toda equipe.
De qualquer forma, mesmo tendo sido tiradas em set, são fotos mais do pessoal e menos do processo de realização. É que, de tanto que citei os nomes da galera por aqui, achei que seria legal mostrar quem são essas pessoas.


Usando as cabeças como referência, da parte superior da foto pra inferior.
Peska, Morotó, Giselle, Bernardo, Rufino e Marcelo:



Lia:



Eu e Giselle:



Da esquerda pra direita; Bruno, Pequeno, Pedro, eu, Giba e Morotó:



Godoi:



A Mari vai chiar quando ver essa foto, mas, como ela não parou quieta, dessa câmera, quase não tem foto dela:



Peska e Rufino. Ó o relax da equipe de som:



A equipe de arte e a birra com o leão. A parada é que a personagem tinha que mover um dos prêmios em cena, aí eles queriam que fosse um dos prêmios que tinhamos lá e eu queria que usássemos esse leão - que não é um prêmio - para tal fim. Achei que, se usasse um prêmio autêntico, o curta podia parecer estar levantando a bandeira de algum festival. Agora, no meio de um monte de prêmios, esse leão passa batido como um deles. Não duvido que se eu tivesse dito desde o início que se tratava de um prêmio autêntico ninguém reclamaria. =)
Junior, Mayara e Lia:



Não, não é uma boyband. Da esquerda pra direita; Giba, Morotó, Pedro, eu e George.
O George é parceiro da época de facul. Assinou como primeiro assistente no primeiro curta que dirigi e vive viajando pra fazer cursos e tudo mais. É sempre bom ter ele por perto; nos ajudou com o making of, com as fotos de still e ainda cedeu alguns kinos da produtora dele, a Arcos Filmes. Tô devendo a logo dele por aqui e nos créditos do filme.



Agora sim, isso é uma boyband; Marcelo, Bruno e Morotó:
=)



Reparem como essa foto bizarra parece ter sido cuidadosamente montada:



Enfim, ainda tem um monte de foto espalhada por aí, portanto, vou postando elas aos poucos, assim que o pessoal me enviar.

Deu saudade do set agora.

Mikael Santiago

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

primeiro corte

Bom, o primeiro corte do INVERNO está fechado. Ainda falta gravar a voz do personagem do marido ao telefone, mas só isso. O Pedro já começou a outra parte do trabalho que ele curte fazer: marcação de luz no Color. E aí, depois disso, é só definir o corte e cair em cima da edição de som.

Uma coisa que está me preocupando é a duração do curta até agora: quase 15 minutos. E olha que ainda não inserimos os créditos de abertura e de encerramento. A minutagem que fiz antes de rodar tinha marcado aproximadamente 12.

Bom, ao assistir esse primeiro corte, a impressão que tive é a de que não seria boa idéia diminuir o tempo dos planos.
Parte da proposta da coisa é investigar a situação de ANA de forma bastante naturalista e evitar que os acontecimentos ao longo da trama se tornem chamarizes para si mesmos. E, ao determinar o tempo de um plano e fazer com que ele dure o suficiente para atender somente aos beats dramáticos, eu estaria favorecendo essa leitura.

Portanto, os acontecimentos existem, estão lá, mas tento estimular a percepção de que esses elementos têm um peso de importância equivalente a outros - como ao tempo, por exemplo - na hora de fazer a personagem e o enredo avançar.

Há ponto de virada, clímax e desfecho no enredo?
Eu sei que é um tanto suspeito, mas eu vejo tudo isso.
Mas sei também que eles não são do tipo que algumas convenções sugerem, que permitiria que, sem muita dificuldade, a gente detectasse a marca que se forma na passagem de uma fatia do enredo - que atende a uma função específica (apresentação dos personagens, apresentação do conflito etc) - para outro - que atende a outra (ponto de virada, desfecho etc).

Um aspecto interessante que pode ser dito é que, como forma de complementar essa proposta, a câmera do curta pretende contar. Mais do que através do que ela registra: pela forma como a faz. Me explico, já que esse é um conceito um tanto óbvio e para que não fique a impressão de que fiz uso de enquadramentos requintados e mirabolantes, com movimentos que mais parecem querer vender o diretor do que atender às necessidades do enredo.

A câmera do curta é uma câmera que investiga discretamente, que se mostra viva, quente e presente diante de uma relação delicada de solidão e frieza. O conceito usado pra definir essa opção – a de uma câmera na mão, “viva” – é basicamente o de tentar construir algo que, através da racionalidade ou sensoriedade, podesse sugerir ao espectador a percepção de estar assistindo a tudo que se passa mediante o ponto de vista de um terceiro (pensei em colocar 'quarto', já que 'o terceiro' sou eu mesmo, o diretor. enfim). Mas esse 'terceiro' a que me refiro é mais como uma sensação de que realmente há alguém ali - uma presença física no ambiente da encenação e, de certa forma, fazendo parte dela - acompanhando a personagem. No entanto, como o desenvolvimento das cenas evidencia o estado de solidão em que essa personagem se encontra, fica a outra sugestão: a de que, por fim, a solidão se estabeleceu e adquiriu corpo. E é esse corpo quem cumpre a função da presença.
Pra definir mais genericamente, seria como dar o nome de “a câmera subjetiva da solidão”, ou, "a presença da ausência".

Enfim, essas idéias e conceitos, assim, de forma escrita, podem parecer bastante pretensiosas, mas a coisa é mais simples, na verdade.

Amanhã tem almoço com a equipe e exibição do primeiro corte na Metrópole. Espero que o encontro renda.

Festival do Rio bombando, mas prometo voltar logo com algumas fotos de still.

Mikael Santiago

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

do set para o blog

Fim das gravações! Dia estressante, corrido e de atrasos.
Nem sempre as coisas saem exatamente como a gente quer - a vida é assim mesmo.

De qualquer forma, estou bastante satisfeito com o "resultado". Bem, ainda não o vi, na verdade. Mas o fato é que estou satisfeito, independente dele.

Vou nessa pra ajudar o pessoal a desproduzir o set!
Volto com mais notícias!

Vamos bebemorar!!!

Mikael Santiago

terça-feira, 8 de setembro de 2009

gravações [2]

Mais um final de semana de gravações corrido. Finalizamos todas as cenas do consultório, da piscina, do carro e da pele da Giselle.

Foi trabalhoso e um tanto estressante, mas a coisa tá ficando bonita.

Sábado foi bom. O Giba - novo reforço da equipe de produção - deu uma moral violenta nas retiradas de equipamento e em outras coisas, até que o cabo da embreagem de seu carro partiu e ele teve que ir com o reboque. Mas, apesar de morar longe da locação, não demorou e lá estava ele de volta, no set.

O set estava cheio. No elenco tínhamos a Giselle, o Garcia e a Mabel, fora os figurantes (alguns da própria equipe). O Mário também tava lá com a ótima barriga que fez - o resultado ficou impressionante.
O Garcia é ator e dublador; conhecido da faculdade. Fiz uma leitura rápida com ele e fechamos. A Mabel foi indicação do Junior, um amigo de data. Ótima indicação, diga-se. Falei com ela por telefone e ela se mostrou muito solícita desde o início. Depois que leu o roteiro avisou que não tinha mistério algum; me passou tanta confiança que nem fizemos uma leitura antes do dia da gravação. Em set, claro, fizemos.

Tive uma leve discussão com o Pedro em relação a cena do exame de ultra. A luz não estava exatamente como eu tinha imaginado e disse isso à ele. Sugeri algumas coisas e ele não gostou dessa intervenção. Tá certo, eu sempre me meto em tudo, talvez até demais.
Mas me parece que isso podia ter sido evitado se tivéssemos discutido mais as coisas durante a pré-produção. De qualquer forma, no fim das contas, a união dos talentos dele e do Bernardo, mais a dedicação do restante da equipe de foto garantiu um resultado excelente. Nos acertamos e fechamos o dia bem.

Domingão: mais estresse e mais beleza.

Pra começar, cheguei atrasado na locação. Aí, merecidamente, recebi aqueles olhares desaprovadores de quem já tinha chegado, inclusive da Giselle.

Depois, o pessoal que ia fazer figuração na piscina resolveu aproveitar o feriado e viajar, aí tivemos que apelar pras meninas da equipe - Mari e Mayara. E elas aceitaram, meio que à contragosto.

A Lia não quis entrar de jeito nenhum, já o Marcelo nem exitou, foi o primeiro a dar o mergulho - o único que ficou amarradão na idéia. Quer dizer, eu também tava, mas tinha que dirigir a parada. Sacumé, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, dirigir um curta de baixíssimo orçamento não é nada mole.

Enfim, os planos da piscina ficaram lindos; exatamente como imaginei. Agradeço a Mari e a Mayara pela força que deram.

A Giselle convidou uma amiga pra fazer parte do elenco também: Carla (putz, eu preciso pegar o sobrenome do pessoal do elenco, isso é importante pra eles) (vou pegar e posto aqui depois). A cena consiste basicamente na reação de Carla ao perceber que sua bolsa havia estourado e que, portanto, chegara a hora de dar à luz.
Quando fizemos o primeiro ensaio confesso que fiquei surpreso com o naturalismo que sua interpretação imprimia - tudo na medida, sem os excessos que uma cena desse tipo pode fazer despertar.

Posto o frame da cena que o Bernardo me mandou agora por MSN:



Aí almoçamos, desproduzimos e partimos para a Metrópole. Mais tarde, lá mesmo, fizemos os planos em macro com a camereta da BL referentes às partes do corpo de ANA - um dos inserts do roteiro. Vocês conseguem imaginar uma câmera old school, do tipo que é de ferro, pesada, num formato esquisito, só com uma lente macro, feia, que dá choque e ainda assim tem o charme da década de 70? Então.
Optei por ela por conta da textura que dá à imagem e pela força dramática que isso oferece à cena. Aliás, num curta onde um dos sentimentos que se pretende vasculhar é a nostalgia, é interessante o uso de uma câmera dessas.
Sou suspeito pra falar e já tá até ficando chato isso, mas ficou lindo.

Agora, a gambiarra que o Pedro fez pra botar a camereta pra funcionar foi digna de Magaiver. Só sei que ela chegou pra gente sem o cabo que a ligaria na bateria e vi o Pedro futucando com fios e fita isolante. Na verdade, a fita isolante veio depois de ele tomar alguns choques. Valeu o esforço!

Bom, só falta um dia de gravação, matamos tudo essa semana. Sorte pra nós!

Mikael Santiago

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

gravações [1]

O primeiro final de semana de gravações foi muito bom, matamos todas as sequências do apartamento: quarto, sala e varanda.

Eu e a Mayara discutimos um pouco por causa do figurino - uma das blusas que ela escolheu e que eu tinha gostado foi vendida na loja que está nos apoiando; ela teve que trazer outra de última hora. O problema é que eu não curti essa blusa nova e decidi, com a sugestão do Morotó, que a Giselle devia vestir um casaquinho verde da Mari - o mesmo que ela estava usando no dia que tiramos as fotos de referência. Aí foi a vez da Mayara não gostar da idéia e, no fim das contas, acabamos usando as duas opções: a blusa que ela queria por baixo do casaquinho que eu gostava. Pra mim, foi melhor assim, mas tenho a impressão de que ela não se acostumou com o resultado.

O primeiro dia foi mais tranquilo; menos planos. O segundo é que foi cansativo. Uma coisa pode ter influenciado: no segundo dia, tinha muito mais gente em set do que no primeiro, e ainda tinhamos planos e cenas mais complicadas de serem gravadas.

A cena do telefonema final, por exemplo, nos consumiu algumas horas. Se não me engano, chegamos a fazer uns 20 takes por diversos motivos: som, enquadramento, problema no telefone (explicarei), interpretação, lágrimas e tudo mais.

Me explico:
Durante os ensaios, eu fiz a voz do marido de ANA na cena do telefonema com a Giselle e resolvi que, no momento que fossemos rodar, eu faria a tal voz. Não como a voz oficial do marido no curta - nesse caso, será outra pessoa que fará, na pós.
Mas, durante a encenação, com a câmera rodando, a Giselle realmente discava no celular e eu, em outro cômodo, atendia a ligação e "interpretava" o marido. Eu não sou ator, mas é que ensaiei tanto que a coisa ficou razoável - depois posto o video do making of e cada um que tire suas conclusões.

Enfim, o primeiro take foi muito bom, com excessão da "lágrima" que caiu demais do conta-gotas. Depois, como falei, cada hora tinha um motivo diferente para o "corta!". Pra piorar, era difícil assitir a cena no monitor e "interpretar" o marido ao mesmo tempo, aí eu resolvi colocar o Morotó pra assistir o plano em tempo real e eu revisava depois de cada tomada.

Logo após uma das tentativas, o Morotó observou que, pela repetição, a coisa estava começando a ficar mecânica e isso estava prejudicando a Giselle.

Decidimos parar e dar 10 minutos de pausa pra tomar ar, trocar idéia e curtir a espetacular vista que a varanda da locação oferecia. A idéia era esquecer o plano e voltar com o gás e o frescor de um primeiro take.

Durante a pausa, matutei e achei por bem mudar o texto das falas do marido na intenção de surpreender a Giselle durante a cena e tentar estimular nela algum sentimento "novo". Antes de rodar, avisei que eu poderia mudar alguma coisa do texto, pra não ter o risco de ela cortar a cena com o susto. Foi o que fiz, mudei radicalmente alguns diálogos e não deu outra: Bingo!

Só como exemplo, logo no início da ligação a personagem pergunta se seu marido pode atendê-la; ele diz que sim e pergunta como ela está. Quando a Giselle deu o texto com a pergunta, eu respondi "não, mas já que você ligou, como está?", e segui com outras mudanças.

Resultado: a ação fluiu melhor, assim como no primeiro take. Todos os outros fatores também funcionaram e, então, matamos a primeira e mais difícil cena do dia. A Giselle está de parabéns, sua interpretação ficou bem emocionante. Aliás, ela provou no ensaio que não precisa de conta-gotas e que, interpretando a ANA, se emociona mesmo. Mas é que o plano era muito específico e um tanto esquemático: pra mim, havia um tempo certo pra lágrima entrar em quadro e, quando a gente chora, não dá pra controlar esse tipo de coisa.

Bom, eu e Pedro fizemos um "teaserzinho" agora pro pessoal ver. Quem quiser assistir com mais qualidade de imagem, é só abrir direto no Youtube e clicar em "HD".
Espero que gostem:




Mikael Santiago

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

sem sono

São 4:19 da madruga; tenho que estar em set daqui a pouco pro primeiro dia de gravações e o sono não vem. Tá tudo resolvido pra amanhã, tudo tranquilo, traquilo mesmo.

Fiquei virando de um lado pro outro na cama até que resolvi vir dar uma olhada na caixa de email e no fórum virtual sobre cinema que participo. Sabe como é, ler é uma atividade boa pra relaxar antes de uma soneca. Terminei o Crônicas de Um Amor Louco, do Bukowski, esses dias, e sempre lia um ou dois contos antes de ir dormir - todos geniais, por sinal.
Enfim, abri meu email e vi que o Pedro tinha me mandado dois. Um com os mapas de luz pra eu imprimir e levar amanhã (hoje) - eu tinha esquecido completamente disso; devo dormir mais rápido agora que os imprimi. E o outro, com o título de "INVERNO", um pouco mais carinhoso, que tomo a liberdade de expôr:

"Galera, venho por meio deste e-mail nos desejar uma ótima filmagem; amanhã é o nosso dia!!
Primeiro curta oficialmente da Metrópole, sei que temos tudo pra dar certo, e vamos dar certo!!

Que venham todos os festivais =p

Grande abs a todos, :)"



Ia começar a explicar esse lance de "primeiro curta oficialmente da Metrópole" e bocejei. Explico depois.

Antes de voltar pra cama, posto os tais mapas:








Boa noite aê!

Mikael Santiago

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"foto-storyboard"

Como prometi há algum tempo, posto agora algumas das fotos que tiramos nas locações como referência pros enquadramentos. A Mari foi a nossa stand-in.

Sequências do carro:




Sequência da varanda:



Sequência do escritório:






Mikael Santiago

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

vários coelhos numa só

Quinta-feira saímos pra jantar eu, Morotó, Mari e Godoi. A Mari queria me dar as últimas notícias da produção; eu queria comer, aí juntamos as duas coisas e fomos conversar num rodízio de massas.

Beleza, pizza vai - pizza vem, a Mari contou que fechou dois apoios de alimentação pro INVERNO. Um deles pra café da manhã e lanche da tarde e o outro pra biscoitinhos que rolarão ao longo dos dias de filmagem.
O Godoi, na reunião geral do dia 9, já tinha dado a notícia de que eles fecharam apoio de almoço em um restaurante na Barra pra um dos finais de semana.

Aí a Mari veio com uma história curiosa: enquanto ela negociava um dos apoios com o dono de uma dessas empresas (ou algo do tipo), ela estava sendo avaliada e nem sabia.
Pra resumir, no fim das contas, o... enfim, empresário gostou da forma como ela apresentou o projeto e a convidou para produzir uma revista pocket que ele está trazendo de BH, voltada para o público jovem; com notícias de festas, eventos culturais e tudo mais.

Só abrindo um parênteses, esse caso só prova o que eu venho falando pra ela: por mais que ela tente evitar e goste mesmo é de exercer direção e suas variantes, ela tem vocação de sobra pra produzir. Não que ela não tenha pra direção também, mas, bom, isso não muda o fato de que ela poderia transitar tranquilamente pelas duas funções. Agora, ela é cabeça dura pra caceta!

Voltando, ela gostou da idéia de produzir a revista e sugeriu, então, que fossem incluídas duas colunas no conteúdo das edições: uma sobre cinema e outra sobre web.
Eles chegaram ao acordo e acabou sobrando pra mim - mesmo só sabendo depois - a responsabilidade de assinar a coluna de cinema da revista. Legal, né?!

Nesse caso, a Mari fez juz ao título do post, já que ela saiu de lá acertando, ao mesmo tempo, o apoio pro INVERNO, a produção de uma revista, duas colunas novas em seu conteúdo, um colunista e o apoio pro ISAAC - abreviação carinhosa do título de seu curta que será rodado no fim do ano. Se ela quiser, com o apoio ou co-produção da Metrópole.

Aproveito pra "matar mais alguns coelhos" e anuncio o novo reforço da equipe de arte: Lia Sarno.
A Lia se formou comigo e acaba de voltar de Madri, onde fez um curso de pós-graduação especializado em direção para cinema. Não sei exatamente por que, e talvez nem ela saiba - essas coisas são assim mesmo -, mas, na Espanha, ela acabou tomando gosto por direção de arte. Lembro de ela ter feito na época de faculdade alguns trabalhos em direção, arte e produção, mas parece que ela voltou decidida. Que bom pra ela e que bom pro INVERNO.

A reunião geral de ontem foi ótima. O pessoal da maquinária e da elétrica pode ficar tranquilo: a Mari deu a boa notícia de que fechamos mais um apoio de alimetação. Portanto, ninguém passará fome no set em nenhum dia, inclusive eles - as dragas. =)

Bom, depois eu vou postar as logos das empresas que estão apoiando nosso curta como forma de agradecimento.

Os ensaios com a Giselle têm sido muito bons - as dicas do Paulo Marcelo estão ajudando bastante. Basicamente, pro trabalho de preparação, estamos utilizando o método da imaginação e não da memória emotiva - coisa que tentei inicialmente. Quer dizer, desconfio que seja quase impossível alguém - ator ou não - conseguir se separar de seus laços de memória emotiva, seja pra interpretar um papel ou, sei lá, pra escrever um romance da mais pura ficção. De modo que não dá pra determinar que um dos métodos se dá de forma isolada, sem influência alguma do outro. No caso da imaginação, por exemplo, é complicado crer que o histórico pessoal de emoções já vividas pelo ator não influencia sua interpretação - ainda mais quando é o caso de o personagem viver algo semelhante com o que já foi vivido por ele.

A vantagem do método da imaginação, como bem apontou o Paulo em nossa troca de e-mails, é que o ator não é tão, digamos, agredido, já que se trata de um método que trabalha prioritariamente com a farsa: quando acabam as filmagens, você sabe que o ator está bem. Muito melhor do que a possibilidade de ele sofrer com uma memória.

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Bom, a Mayara fotografou a Giselle com as possíveis combinações de roupas; o Mário já viu o que precisava pra começar a trabalhar na barriga; e a correria tá intensa.

Enfim, prometo que tentarei voltar com mais frequência e com postagens mais pontuais.

Mikael Santiago

terça-feira, 11 de agosto de 2009

sem tempo

Estamos fechando alguns apoios e parcerias nessa reta final. A correria tá intensa e não tá sobrando tempo pra vir aqui postar novidades. Ainda tô devendo videos da reunião e do primeiro encontro de preparação com a Giselle.
Com o perdão do trocadilho, parece que amanhã às 11:30 a Mayara e ela vão na loja que está apoiando o curta para provar algumas combinações de roupas, "como manda o figurino".
Quero ver as fotos que a Mayara vai tirar e conversar com ela pra definirmos isso de vez. Assim sendo, posto por aqui o resultado.

Mikael Santiago

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

a barriga

Uma coisa que se deve ter em mente quando se faz um filme em que a personagem principal está grávida, é a noção de que não é nada fácil conseguir uma boa atriz gestante que tenha o perfil físico imaginado. Como se pode notar, acaba sendo muito específico. E, se tratando de um curta-metragem onde a estrutura de realização é amadora, é ainda mais complicado.

Como é habitual que o pessoal torça o nariz quando ouve o termo "amador", é bom esclarecer que esse é um termo que, geralmente, sofre com uma confusão de conceitos.

Amador não é sinônimo de baixa qualidade ou de coisa mal-feita. Amadorismo não é pior que profissionalismo, são só estruturas diferentes relacionadas às exigências de retorno de cada um sobre o trabalho realizado. Pra ficar ainda mais claro: pra determinar se um trabalho assume uma estrutura amadora ou profissional, basta identificar o que está sendo usado como moeda de troca pelo trabalho das pessoas envolvidas. Portanto, nada tem a ver com qualidade.

Em um filme com estrutura profissional, as pessoas são pagas em dinheiro pelo seu trabalho.
Em um filme com estrutura amadora, o pessoal da equipe cede seu trabalho em troca de algo que não seja dinheiro - pelo menos não de forma direta e imediata -, e trabalha, como o próprio nome sugere, por amor ao projeto, enxergando a possibilidade de se ter outro tipo de retorno no fim das contas. Foi um regime parecido na realização de Rio 40 Graus, por exemplo, onde um grupo de amadores entrou pra história do nosso cinema.

Enfim, não me interessa propôr um romantismo acerca de uma estrutura amadora de trabalho. O trabalho profissional garante o pagamento das contas de cada um, e eu espero ser pago por trabalhos que me dêem prazer. Mas, de qualquer forma, na minha ordem de prioridades atual, o prazer vem sempre antes da grana.

Bom, como a Giselle não está grávida, precisávamos de algum maquiador profissional que estivesse disposto a realizar um trabalho amador. Afinal, simular uma barriga de grávida em um curta onde a personagem entra numa piscina e faz um exame de ultra-sonografia com o barrigão exposto é o tipo de coisa que se faz por uma boa grana ou, quando não rola grana, por puro prazer mesmo. E ainda bem que o artista e especialista em efeitos Mário Campioli é dos meus.

Conversamos antes de ontem e ele topou fazer a barriga da personagem ANA. Pelo o que vi no trailer de OLGA, o Mário manja de fazer barrigas.
Por isso, faço essa humilde publiça aqui pra ele:

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Só pra deixar registrado: no domingo, a reunião geral foi um pouco cansativa e estressante, mas me parece que já está tudo certo. A câmera de making of passou na mão do pessoal e captou alguns momentos, aí depois eu posto por aqui algum desses videos.

Vâmo-que-vâmo!

Mikael Santiago

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Giselle Lima




Uma coisa é fato: apesar de ter a idade aproximada da personagem, a Giselle imprime ser mais nova do que é, e isso não é muito bom. Pessoalmente, talvez pela sua postura, ela me pareceu ser mais madura do que as fotos podem sugerir.

Enfim, o figurino e a maquiagem terão que, talvez, repensar algumas coisas. Não sei bem se as escolhas que a Mayara fez - e que eu gostei - podem ajudar a favorecer a impressão de que a personagem tem uns anos a mais. Quer dizer, não sei mesmo, talvez tudo se mantenha, mas quero pelo menos tocar no assunto com a Mayara e com o junior pra saber o que eles acham.

Vou nessa! ê friozinho bom pra ver filme...

Mikael Santiago

quarta-feira, 29 de julho de 2009

leitura com Giselle

Ontem conheci e fizemos a primeira leitura com a atriz Giselle Lima, a mulher que interpretará ANA no INVERNO. Estávamos eu, Morotó, Mari e Elisa (o novo reforço da equipe de produção).

A Giselle atuou no recente curta do Godoi e eu pedi pra ver o teste de elenco dela e algumas cenas do curta ainda em fase de montagem. Gostei do que vi e convidei ela pra essa leitura.

Comecei perguntando quais foram as impressões que ela teve ao ler o roteiro e, pra descontrair, pedi pra ela pular a parte da puxação de saco. Enquanto ela falava, uma coisa que disse me chamou atenção; foi algo mais ou menos assim: "apesar de eu não ter a mínima vontade de ser mãe"...
Entendi que ali havia algo que podia ser desenvolvido e exercitado para uma aproximação maior entre a Giselle e a personagem, e que, como o Morotó bem observou, ainda poderíamos usar um pouco dessa "não vontade" dela a nosso favor, já que a personagem ANA é uma mãe de primeira viagem que, talvez pela ausência do marido, se mostra um pouco temerosa em relação a gestação.

Bom, aí começamos a leitura. A Mari lia as ações, o Morotó "fazia" os outros personagens, a Giselle interpretava sua parte e eu observava. Nossa, como é bom ver um personagem seu ganhar vida bem na sua frente; dizer, como se pertencesse a mais pura realidade, coisas que você escreveu.

A Giselle definiu bem a personagem: "ela é serena", e eu acrescentei: "e ela é independente, assumidamente só". Era essa a combinação que via enquanto obervava Giselle.

É claro que, numa primeira leitura, nem tudo sai exatamente como imaginamos, e, interpretando, o ator depende da relação que há entre seu personagem e os outros, ou na sua relação com o ambiente, cenário, enfim - vai sempre depender da proposta do projeto -, mas o fato é que me parece que o ator alimenta seu personagem através da relação que há entre ele e os outros elementos que compõem e fazem parte da narrativa, sejam eles quais forem.

Talvez por isso a Giselle não tenha ficado tão à vontade na passagem de uma das cenas mais importantes do roteiro. O Morotó não é ator, por isso ele não pôde oferecer o que a Giselle precisava no diálogo entre ANA e seu MARIDO: interpretação e reação dramática.
É como falei, um ator precisa da relação entre seu personagem e um outro elemento pra se manter firme dentro de um universo ficcional. No caso de um diálogo entre dois personagens - e era exatamente esse o caso -, o ator precisa da ação/reação do outro pra dosar a carga de sua ação/reação, numa relação onde a complementação dita o ritmo e a intensidade da coisa. Porém, o que aconteceu não foi isso: a Giselle dava seu texto com a intenção dramática que achava conveniente e o Morotó, por não ser ator e por precisar ler o roteiro para acompanhar a cena e pegar sua "deixa", recebia isso apenas como texto, e, como não podia oferecer nada além disso, ele simplesmente respondia lendo o diálogo de forma seca e dura. A Giselle, por sua vez, ao receber o texto lido como reação, não conseguia estabelecer essa relação de sustento, e teve que buscar força não sei de onde pra fazer sua personagem resistir e trazer a coisa novamente para o drama. E lá estávamos nós no meio dessa guerra curiosa e agoniante entre ator e não ator que durou até o fim da sequência.

É claro que não culpo o Morotó, pelo contrário, eu o agradeço: assim, conseguimos identificar que a Giselle, além de sincera - já que ela podia ter "atuado" desde o início dizendo que não vê a hora de ser mãe e tudo mais -, é talentosa.

Uma curiosidade: lá pelas tantas, a Giselle disse que só não come três coisas - abacaxi, panetone e azeitona. Logo azeitona, pô?! No roteiro há uma cena em que a personagem come azeitonas enquanto assiste TV, e eu gosto da idéia de serem azeitonas! Enfim, ainda não sei o que faremos...

Pra finalizar, eu pedi pra ela dizer o que achava da sequência final - queria saber o que aquela encenação lhe dizia, se é que dizia alguma coisa. E ainda bem que o Morotó me soprou horas antes que eu devia perguntar isso antes de eu mesmo dizer os significados que encontro, por que aí, se eu tivesse dito, eu teria perdido a chance de constatar que a leitura dela era, genuinamente, exatamente como a minha. Só faltou o making of registrar.

Mikael Santiago

segunda-feira, 20 de julho de 2009

arte e figurino

Ontem tivemos uma reunião "geral" na Metrópole. Coloco entre aspas por que houveram alguns desfalques importantes por conta de problemas pessoais de uns, trabalho de outros e a viagem do Morotó para PE, que aproveitou as férias e foi matar saudade da família.

Enfim, éramos só 7, mas como tudo tem o seu lado bom, pelo menos nos focamos em discutir com o Junior e com a Mayara alguns detalhes importantes sobre a arte e figurino.

O Junior sugeriu que colocássemos, em determinados pontos da casa, objetos que apontassem a chegada próxima de um bebê no universo daquela família. A Mari pareceu concordar com ele e eu confesso que, inicialmente, fiquei com um pé atrás. Primeiro pelo fato de que a família do enredo ainda não saberia o sexo do bebê, já que a ultra-som para esse fim ainda não teria sido feita; aí falaram da possibilidade desses objetos e roupas serem mais "genéricos", do tipo que serviriam tanto para um menino quanto para uma menina - que é o que, supostamente, os pais e mães mais ansiosos fazem quando querem começar as compras antes de descobrirem o sexo da criança.

Ainda assim, eu continuava achando um pouco forçado o lance de colocar algumas coisas referentes ao bebê pelo apartamento, e demorei a perceber que isso se dava por um simples motivo: só eu visualizava o filme em planos - eles ainda não tinham visto a decupagem - e, como a maioria dos planos do filme são fechados na personagem, pra mim, não estava fazendo sentido colocar roupas, objetos ou seja lá o que for compondo esses quadros. Afinal, foi como ironizei injustamente na reunião: onde é que o sapatinho entraria, pendurado em um dos ombros da personagem?
Naturalmente, o pessoal da arte tem uma visão mais ampla e menos recortada de uma locação; eles imaginam tudo que entrará num apartamento até que o diretor os mostre a decupagem e os faça visualizar a coisa da mesma forma que ele, em planos; e minha falha, mesmo parecendo tão óbvio agora, foi não detectar isso a tempo de evitar um certo incômodo do Junior, que, não estando totalmente errado, se irritou um pouco com as intervenções do Marcelo. Mas tudo numa boa, sempre.
Depois que mostrei alguns planos e expliquei ao Junior essa minha opção por planos mais fechados, ele pareceu entender e concordar.

Se na decupagem tivesse mais planos abertos do ap, até que poderíamos salpicar, de forma sutil, esses adereços infantis pela locação. De qualquer forma, enxergando que o Junior tem certa razão no que diz, o que ficou resolvido é que, nos planos menos fechados, mesmo estando fora de foco, colocaremos alguns objetos muito delicadamente.

A Mayara já tinha me enviado por email a decupagem de figurino e me falado um pouco sobre ela por MSN, mas pessoalmente o entendimento é sempre mais fácil. Gostei das opções que ela deu, tirando o esmalte na unha, e consegui visualizar uma mulher clássica, antenada e discreta. Bingo!

Depois posso colocar aqui algumas fotos de referência que ela pegou pela net.

A reunião prosseguiu com a Mari dando a boa notícia de que estamos um pouco à frente do cronograma, mas deixou clara a sua preocupação com o departamento de arte, que, segundo ela - e ela é a pessoa mais indicada pra detectar essas coisas - é a equipe mais "atrasada" (mesmo ainda estando adiantada? agora fiquei na dúvida). Enfim, o fato é que o pessoal da arte e da produção são os que mais têm trabalho a fazer nessa pré-produção, aí é bom ficarmos com a atenção dobrada no que diz respeito a esses setores mesmo.

É isso; se tudo der certo, Morotó chega amanhã e conversaremos sobre o plano de filmagem e análise técnica. Ainda temos que fazer uma leitura com uma atriz amiga da Mari e estou tentando fechar com uma ex-professora minha pra que ela faça a preparação do elenco. Essa é, sem dúvida, minha maior deficiência e, se ela topar, devo aprender bastante acompanhando o processo. Tomara que role. Manterei todos informados.

Mikael Santiago

quarta-feira, 15 de julho de 2009

locações

A equipe de produção - inclusive o Renan - deu uns telefonemas e arrumou umas locações para visitar; foram nelas, tiraram fotos e fizeram videos pra me mostrar.
Pelo o que parece, o Godoi gostou da idéia, tanto que tirou onda e tudo, como vocês podem ver nos seguintes vídeos editados por ele mesmo:





Apesar de saber que eu prefiro uma piscina coberta, ele aproveitou para fazer essas imagens da piscina do clube, enquanto o visitava para ver o estacionamento:



Vi esses e outros arquivos (postarei mais tarde) e conversamos sobre as impressões que eles tiveram ao observar as locações pessoalmente; aí selecionamos as que mais agradavam; e lá fomos eu, Mari, Pedro e Bernardo - afinal, é o pessoal da foto quem mais encrenca com essas paradas.

Gostei de tudo que vi; a dupla da foto também - de umas mais e de outras menos - mas todas as locações, com os devidos ajustes, podem funcionar para o filme.
Aproveitamos a presença feminina da Mari e tiramos novas fotos, dessa vez com enquadramentos mais próximos do que visualizo, usando-a como "stand-in". Depois coloco essas fotos aqui também.

Bom, encerro a postagem empolgado: parabéns aê, equipe de produção!

Mikael Santiago

sábado, 11 de julho de 2009

a equipe

Como já tenho feito, eventualmente, citarei nomes do pessoal da equipe por aqui. Aí pra ficar claro qual é o departamento de cada um resolvi postar essa lista:

DIREÇÃO
Mikael Santiago
Eduardo Morotó

PRODUÇÃO
Marianna Rhosa
Vanessa Souza
Bruno Nunes
Eduardo Godoi

FOTOGRAFIA
Pedro França
Bernardo Jacob
Marcelo M. Santiago
Renato Farias

ARTE
Junior Paixão
Mayara Lepre
Thaise Kellen

SOM
Leandro Silveira
Fernando Rufino

_________

Sobre o "Brilho Eterno...", nhé. Fiquei de chato da parada na discussão pós-sessão. Fui o único que achou o filme bocó. Aliás, eu era o único que ainda não o tinha visto.

O que ouvi falar bem do roteiro por aí, me fez lembrar que, às vezes, algumas pessoas associam complexidade com boa qualidade. Não duvido que o roteiro tenha uma trama complexa, mas ainda acho que ela é mais forma que conteúdo.
A impressão que tive pode ser ilustrada da seguinte forma:
É como se, para chegarmos ao resultado de número "2" em uma conta, fizessemos um cálculo absurdo com números e equações astronômicas, sabendo que poderíamos ter somardo logo o simples "1+1". Enfim, esse blog aqui é sobre o INVERNO, e as câmeras na mão do Brilho Eterno me ajudaram a visualizar melhor o conceito de decupagem que eu já tinha em mente.

Vâmo em frente!
Mikael Santiago

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Renan e sua boa angústia

Bom, pra quem não sabe, o Renan - companheiro de ap, sócio e primeiro produtor do curta - teve que abandonar o projeto INVERNO depois de poucas semanas de pré-produção. Mas foi por uma boa causa: ele está, pela segunda vez, como estagiário de produção em um longa-metragem produzido pela Elisa Tolomelli; com Lula Carvalho assinando a foto, João Miguel no elenco e outros nomes...

Mesmo distante e atarefado, ele continua nos ajudando com os contatos de apoios, elenco e locações que, na época em que ainda produzia o INVERNO, foram engatilhados por ele e pela Mari - a outra ótima diretora de produção da parada.

Nesse meio tempo o blog foi criado, e eu mandei um email pro pessoal dizendo que qualquer um da equipe - inclusive o Renan - poderia postar o que quisesse por aqui. Como a ida dele para MG coincidiu com o surgimento de alguns problemas em seu antigo trabalho, ele acabou não tendo tempo pra se "despedir" de toda equipe do curta.

Aí ele resolveu postar a seguinte mensagem:

Olá a todos! Como vão indo as coisas?

Entao, infelizmente eu tive que "sair" (fisicamente) do projeto. Falo isso pq estou aqui em pensamento e ajudando na medida do possivel com apoio, elenco e locações...

Não sei se todos estão sabendo, mas fui convidado para trabalhar em um longa metragem chamado "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", adaptação de um conto do Guimaraes Rosa que será filmado no interior de Minas. Fiquei muito feliz com esta oportunidade, aconteceu tudo muito rápido que só agora tive tempo para me comunicar com vcs...

Fiquei me interrogando: pq q tudo de interessante sempre acontece ao mesmo tempo? hehe... Enfim, queria dizer que acredito muito no "Inverno", não tenho dúvida que vai dar certo... a energia estava ótima e assim continuará! Estou daqui torcendo e pronto para qualquer ajuda "virtual" hehe!!

Parabéns a todos pelo empenho e dedicação!

Ah... aqui em Diamantina (que é a base) está rolando um festival de inverno com exibição de longas metragens; ano q vem podemos enviar o "inverno" para abrir as sessões! hehe =))

Grande Abraço!
Renan Brandão

Bom, é isso. Não só pela puxação de saco ele garantiu seu nome nos créditos.

Tivemos uma reunião de equipe hoje para apresentação dos conceitos e das decupagens de cada setor. A coisa foi boa!

Agora tô indo porque o Bernardo, Pedro e uma amida deles estão putos me esperando para assistir "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças". Segundo eles, o filme tem uma "atmosfera" parecida com a que eu quero para o INVERNO. Vamos ver...

Mikael Santiago

terça-feira, 7 de julho de 2009

começando pelo começo

Confesso que sempre achei esquisito esse lance de blog. Sei lá, é muita exposição. Me dá impressão de que é um diário aberto ao público; a todo e qualquer público.

Quer dizer, impressão é o caceta, é isso mesmo, de fato!

O que me deixa um pouco mais tranquilo é que, na verdade, tirando você que está o acessando agora - que provavelmente pertence a equipe do curta -, é pouquíssimo provável que "o grande público" perca seu tempo lendo esse diário.
Agora, é uma pena pensar que possivelmente o curta terá o mesmo destino do blog: "o grande público" passará longe de assistí-lo, independente do resultado final da coisa, uma vez que os curtas são quase que completamente ignorados pela TV (aberta ou fechada), tirando escassas exceções; e também pela Lei do Curta (afinal, isso é uma lei ou é só um boato de mau gosto?). Enfim, isso é outra discussão. O que me resta como opção, apesar de não ser a forma mais adequada de exibição, é disponibilizá-lo na rede pro pessoal ver pela internet quando for a hora.

De todo modo, vou usar o blog como diário de produção desse curta que está pra *nascer que se chama INVERNO. A intenção disso é arquivar em texto a maioria dos acontecimentos que... bem, acontecerão durante todas as etapas referentes ao projeto - pré-produção, gravação, pós-produção, montagem, finalização e, se tudo der certo (e dará), carreira pelo circuito de festivais. E é claro, isso aqui também vai funcionar como válvula de escape pra minha ansiedade (viu o que eu falei sobre exposição?).

Vou postar meus pensamentos sobre o andamento do trabalho, os conceitos que me guiam, a forma como articularei linguagem e narrativa, a maneira como será dada minha relação com os amigos de equipe, meus anseios, as minhas impressões sobre os resultados atingidos, as falhas e acertos notados, a escolha do elenco... enfim, tudo que achar relevante para um dia láááá na frente eu reler e perceber as idiotices que cometi, medir minha arrogância e ingenuidade, aprender com isso e me conhecer um pouco melhor.

Bom, falei pra daná e efetivamente quase não disse sobre o curta. Mas é isso, primeira postagem em blog não deve ser mole pra ninguém...

Volto quando tiver novidades!
Mikael Santiago

*piadinha interna que só entende quem leu o roteiro.

capa do projeto


Capa do projeto feita pelo fotógrafo, sócio e amigo Pedro França.